Muitas das empresas que tem problemas financeiros possuem um erro em comum: problemas com o fluxo de caixa. Contudo, o funcionamento e longevidade de uma companhia dependem diretamente de uma boa entrada e saída de capital.
Ainda assim, muitos gestores se deixam levar pela empolgação e esquecem de estruturar de maneira eficiente a operação antes de dar maior ritmo ao fluxo de caixa. Por isso, você vai ver neste artigo os problemas comuns com fluxo de caixa.
5 principais problemas com fluxo de caixa do setor de indústrias
1 – Mau planejamento do fluxo de caixa
O custo total da folha salarial, assim como a maioria dos gastos da empresa, é algo possível de prever contanto que haja um planejamento adequado. Com o auxílio de planilhas, análise de dados e profissionais especializados, é possível provisionar todas as demandas financeiras, garantindo melhor planejamento.
A maioria dos problemas de fluxo surgem exatamente porque não há planejamento. Com a correta execução deste processo, o gestor evita gastos desnecessários, folha salarial inchada, investimentos vazios e a perda de prazos para realização de entregas. Se bem feito, o planejamento representa um fluxo de caixa positivo e altas probabilidades de sucesso.
Uma coisa é certa: o maior problema da falta de planejamento é o mau uso dos recursos. Sem controle orçamentário ou implementação de uma estratégia de atuação, a tendência é gastar de forma exagerada e sem planejamento.
O problema de tudo isso, no entanto, é que gera problemas maiores no fluxo de caixa. Futuramente, esse cenário pode migrar para algo mais sério –como uma crise financeira, por exemplo.
Para evitar tal agravamento, é essencial desenvolver um planejamento anual para sua empresa. Nele, as lideranças devem apontar seus objetivos para o período e definir as medidas para que todos sejam alcançados,
Aproveite que estamos no início do ano para colocar em prática seu planejamento estratégico. É a melhor maneira de garantir um fluxo de caixa que atenda todas as suas necessidades sem resultar em prejuízos.
2 – Cotação de fornecedores desatualizada
O mercado muda constantemente, principalmente em termos de precificação e custo de mão de obra. Portanto, é recomendável periodicamente realizar uma cotação de fornecedores para se certificar que seus parceiros comerciais apresentam as melhores condições de negócio.
Um erro que muitas empresas cometem e afeta diretamente o fluxo de caixa é não cotar periodicamente o preço médio de mercado dos insumos e serviços que a companhia utiliza. Quem não procede desta maneira tende a ficar desatualizado e comprometer mais do que é preciso no seu orçamento mensal.
Muitas vezes, há outros fornecedores no mercado que oferecem produtos de melhor qualidade com preço mais baixo do que a empresa paga atualmente, mas isso só será constatado com a cotação. Não realizá-la é permitir que os custos permaneçam desatualizados, encarecendo o orçamento e afetando toda rede de produção.
Gastar menos sem a perda da qualidade é fundamental para permanecer com um fluxo de caixa saudável.
3 – Produção muito maior que a demanda do mercado
Liberar uma produção muito maior que a demanda de consumo é uma das maneiras mais ineficientes de gerir seu processo produtivo – principalmente se você trabalha com produtos perecíveis.
Um gestor responsável está atualizado quanto à situação do mercado constantemente, não só acompanhando o dia a dia da operação como também estudando e analisando dados. Desta maneira, é possível entender a demanda e conduzir sua produção para um parâmetro que não cause perda de matéria prima nem encalhe de produtos na fábrica.
Seu fluxo de caixa começará a entrar em baixa se você não se atentar à perda de recursos. Isso porque os gastos com produção devem sempre ser calculados com base no lucro que será obtido na sua venda. Ou seja: uma produção acima da quantidade de repasse ocasionará em um aumento de gastos que não será coberto pelas vendas. Saída maior que entrada resulta em um fluxo de caixa negativo, dificultando a obtenção de um superávit.
4 – Investimentos ruins
Muitas empresas, na ânsia de fazer sua operação crescer, investe em produtos, serviços ou tecnologias que não geram interesse no público. Isso porque negligenciam uma fase anterior – e que já foi citada aqui – de entendimento das necessidades do cliente.
Com um estudo de campo e coleta de dados assertivos, é possível compreender o perfil dos indivíduos que serão seus clientes. Isso faz parte do bom planejamento e contribui para a manutenção de um fluxo de caixa positivo.
Portanto, jamais invista em projetos, campanhas ou tecnologias que não tenha certeza que será fundamental para o negócio. Priorize seus gastos e evite ao máximo colocar capital de giro em risco, prezando pela manutenção da sua saúde financeira.
5 – Contar com entradas futuras
Um dos maiores erros que um gestor pode cometer e que pode colocar a empresa em risco é acumular gastos contando com entradas futuras para quitação, principalmente se a empresa não contar com um generoso fundo de reserva.
Sabemos que é uma prática relativamente comum parceiros comerciais “agendarem” uma compra futura, prevendo sazonalidades como incentivos fiscais, datas comemorativas ou simplesmente organização do fluxo de caixa. Porém, a não ser que haja a assinatura de um documento de compromisso, esta venda não pode ser considerada para o balanço da empresa, muito menos dada como dinheiro em caixa.
Muitos incidentes podem acontecer e inviabilizar a negociação – como a simples desistência da compra. E se você já comprometeu aquele valor realizando um gasto, precisará encontrar outra fonte de renda para suprir tal compromisso, ou então arcar com a dívida.
Jamais faça gastos prevendo uma entrada futura que não é certeza de recebimento. O fluxo de caixa impacta diretamente na realidade financeira da empresa, portanto toda capital que circula por ele precisa estar em posse do gestor. Caso contrário, uma saída irresponsável pode gerar um déficit perigoso.
Sobre a Nordex Consultoria Empresarial
A Nordex é uma consultoria empresarial que atua desde a fase do planejamento, assim como o diagnóstico, desenvolvimento e implementação do plano de ações da reestruturação necessária, até o desenvolvimento Estratégico de Pessoas. Nossa metodologia própria possibilita um olhar sistêmico da operação e, principalmente, a operação focada na melhora da performance da companhia e seu crescimento sustentável.
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