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September 9, 2022Inovação aberta – originalmente do inglês Open Innovation – é um conceito que compõe a gestão empresarial. Seu principal objetivo é definir a inovação colocada em prática com a colaboração de pessoas e, até mesmo, empresas externas à companhia. Você já ouviu o ditado “uma andorinha só não faz verão”? Saiba que ele exemplifica exatamente como funciona esta ideia na prática.
Quando a empresa tem o intuito de romper padrões e inovar, porém ainda falta um passo para pensar fora da caixa, a inovação aberta surge como uma estratégia eficiente. Afinal, a participação de quem está fora agrega uma nova perspectiva e repertório ao time, além de trazer mais eficiência ao processo de transformação.
Nesse artigo vamos detalhar o conceito de inovação aberta: o que é, quais são os tipos e como sua empresa pode dar o pontapé inicial. Continue a leitura!
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O que é inovação aberta?
A inovação aberta tem a finalidade de unir forças oriundas de outros players – pessoas, organizações e, até mesmo, órgãos públicos – para desenvolver novos produtos e/ou serviços. Trata-se de um conceito criado pelo professor Henry Chesbrough, da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Ele também é autor do livro chamado “Open Innovation”.
Se antes as empresas eram extremamente reticentes e escondiam, por assim dizer, o que desenvolviam com receio de que a ideia fosse roubada, atualmente, o mercado compreende que cada vez mais a colaboração e o compartilhamento de talentos é potencialmente transformador para todo o ecossistema.
Além disso, vale reforçar que essa dinâmica de parceria com outras empresas traz muitos benefícios, tal como a redução de custos. Isso porque a inovação aberta reduz os riscos de investir sozinho em determinado lançamento.
Quais são os tipos de inovação aberta?
Para entender qual é a melhor alternativa de inovação aberta para o seu negócio, listamos abaixo os principais tipos. Desta forma, você pode se aprofundar naquele que está mais alinhado aos objetivos e necessidades da sua empresa.
Crowdsourcing
Trata-se de um formato de concurso em que é premiada a solução para os desafios vivenciados na corporação. Assim, por meio de ideias, serviços e até mesmo projetos feitos por outras pessoas, a empresa extrai os pontos mais interessantes e viáveis de serem implementados.
Cocriação
Aqui a inovação aberta acontece por meio da colaboração propriamente dita. Dessa forma, são convidados desde outros players, profissionais, assim como clientes e admiradores da empresa para que participem do processo, seja de aperfeiçoamento ou criação de um novo produto.
Como se trata de um trabalho feito em equipe, os frutos financeiros são compartilhados igualmente entre os que participaram da entrega.
Programa de aceleração
Aqui temos um tipo de inovação aberta que estimula a conexão entre empresas e startups que oferecem soluções disruptivas. Tanto os programas de aceleração, quanto as parcerias, movimentam o ecossistema de startups e promovem o empreendedorismo e a inovação.
Para as grandes corporações, essa é a oportunidade de solucionar as necessidades por meio do recurso obtido no programa de aceleração. Para a startup, é uma forma de evoluir e se consolidar no mercado.
Hackathon
Trata-se de um formato de maratona de programação que pode durar dias. Ele tem a finalidade de estimular, tanto a criatividade, quanto as habilidades das equipes de tecnologia que participam.
Sejam times internos ou grupos de fora, o objetivo é mergulhar os participantes em um desafio real da empresa e incentivá-los a desenvolver soluções eficientes para o problema apresentado.
Certamente, em algum momento já ouviu falar de um desses tipos de inovação aberta. E é um movimento natural, visto que cada vez mais as empresas estão flexíveis para as colaborações.
O estudo “Panorama da Inovação Aberta nas empresas do Brasil”, apresentado pela Softex, mostra na prática essa movimentação:
- 81% das empresas que participaram são da iniciativa privada;
- 12,7% correspondem a entidades de fomento à inovação;
- 6,3% são empresas públicas.
E quando se trata da área de atuação, o setor de TI responde a 22%, as indústrias são 14,3% e os serviços representam 11,1%.
Com isso, notamos que o mercado como um todo fomenta o ecossistema de inovação aberta. Isso é positivo, uma vez que estimula o desenvolvimento tecnológico assim como os novos modelos de negócio.
O que você precisa saber antes de colocar em prática
De fato, a inovação aberta é uma alternativa para as empresas que desejam se manter em constante transformação, adaptando-se a novos conceitos e as mudanças nos padrões de consumo.
Mas antes de movimentar toda a empresa rumo a inovação, é importante estruturar todo o processo. Para isso, é necessário:
- Identificar se as necessidades da empresa demandam uma estratégia de inovação aberta permanente ou se vai ser usada em um momento específico.
- Validar se os responsáveis pela tomada de decisão sabem o quão importante é o investimento e, principalmente, se concordam com tal.
- Criar um fórum de inovação na empresa. Dessa maneira, o grupo vai ter a responsabilidade de analisar e validar as propostas.
- Integrar de maneira saudável a equipe interna com os que vierem de fora. Um dos pilares da inovação aberta é não estimular a competitividade, afinal todos estão unidos em prol de um objetivo em comum.
- Dar autonomia para que a equipe desenvolva o trabalho. Assim todos se sentirão confiantes para pensar em ideias verdadeiramente inovadoras.
- Investir em plataformas digitais. Uma vez que estamos falando de um conceito que envolve tecnologia, as ferramentas em ambiente virtual trazem mais agilidade e eficiência para o projeto.
Vantagens da inovação aberta
Como vimos, a inovação aberta se consolida como uma realidade ao alcance das empresas que estão dispostas a acompanhar a volatilidade do mercado. Já vimos uma pequena amostra disso nos últimos anos. O isolamento social motivou a colaboração, o que resultou em transformações significativas para muitas corporações.
A Avon é um bom exemplo disso. Ao permitir-se inovar, criou o Programa Natura Startups, passou a ajudar startups do setor de cosméticos a se desenvolverem e se tornou pioneira em seu segmento de atuação.
Em resumo, implementar a inovação aberta no modelo de negócio pode render frutos financeiros, além da troca de conhecimento e expansão do networking. E assim como já acontece, os que investirem no conceito, vão se destacar.
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