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Estamos na semana em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Acredite, muitas pessoas acham que não faltam motivos para celebrar tal ocasião. Ainda assim, por incrível que pareça, muitas mulheres se sentem incomodadas com a ‘comemoração’. Por que será que isso acontece? Exatamente para auxiliar na compreensão deste questionamento que proponho aqui uma reflexão.
Por um longo período, a sociedade acreditou que essa data era sinônimo de presentear as mulheres com itens materiais. Aquela que nunca ganhou um chocolatinho, sequer, em algum comércio que frequentou no dia 08 levante a mão.
Eu amo flores e chocolates. Por essa razão, me presenteio frequentemente com esses mimos. Contudo, para chegarmos até o posicionamento que nos encontramos hoje foi preciso superar muitos desafios e barreiras. Mesmo assim, não podemos dizer que estamos em um lugar de equivalência entre homens e mulheres. E não é um presente no dia das mulheres que vai mudar essa realidade.
Ainda há uma longa jornada a ser percorrida. Na verdade, se fizermos um retrospecto, muitos dos nossos direitos foram adquiridos recentemente. Veja abaixo alguns exemplos:
- 1879 – Conquista do direito ao acesso às faculdades;
- 1932 – Conquista do direito ao voto;
- 1962 – Criação do estatuto da mulher casada;
- 1974 – Conquista do direito de ter um cartão de crédito;
- 1977 – Aprovação da lei do divórcio;
- 1979 – Garantia do direito à prática do futebol.
Já parou para pensar que só fazem 44 anos que a mulher tem direito a jogar futebol? Ou que, até 1962, as mulheres casadas precisavam pedir autorização do marido para exercer o direito básico de trabalhar?
Avançamos muito nas conquistas, de fato. Mesmo assim, ainda há um longo caminho a percorrer – principalmente, no que diz respeito à presença de mulheres na liderança. Decerto, isso só será possível se compreendermos quais os desafios de hoje que dificultam tal avanço. Entender esses obstáculos significa definir ações que vão evoluir essa frente também.
Os desafios do dia a dia
O dia a dia da mulher é tomado por inúmeras questões que dividem, tanto a sua atenção, quanto tempo e dedicação. Investir, crescer na carreira ou empreender são apenas algumas das demandas que surgem na sua rotina. Se ampliarmos para o âmbito pessoal e familiar, aí o leque de situações fica ainda maior.
Por mais que estejamos na era da informação e da tecnologia, ainda há uma carga muito grande de conflitos nas costas da mulher. Os questionamentos que dizem respeito à carreira, vida pessoal e autoestima ainda aparecem como um dilema.
Os perrengues, nada chiques, da vida real tal como ela é, consomem energia. Além disso, também despertam a nossa insegurança: ‘’sou mesmo boa o suficiente ou uma impostora?’’; ‘’Posso admitir minhas dores e angústias?’’; ‘’Posso escolher, sem culpa, viver essa ou aquela experiência?’’. Ou seja, precisamos seguir perpetuando esse comportamento excludente ou podemos nos permitir, finalmente, somar oportunidades em nossas vidas?
Uma coisa é fato: as inúmeras possibilidades e desafios do dia a dia apresentam oportunidades de acolher nossa humanidade e vulnerabilidade. Darmos espaço para escolher, sem sofrer. A mulher pode estar no mercado de trabalho, ou em casa. Independente de qualquer coisa, ela irá conseguir gerenciar os recursos disponíveis e trazer bons resultados.
Por isso, vamos seguir essa jornada de ocupar os lugares que nos cabem e, principalmente, que queremos estar. Podemos ser fortes e gentis, avançar ou retroceder, a verdade é que precisamos nos manter em paz com as escolhas – ainda que rotuladas de certas ou erradas, nos colocam em movimento diante da vida.
“Histórias… podem ensinar, corrigir erros, iluminar o coração, oferecer um abrigo psicológico, promover mudanças e curar feridas”.
Fecho este artigo com a frase da Dra. Clarissa Pinkola Estés, autora do livro Mulheres que Correm com Lobos.
Feliz dia sempre, para nós mulheres!
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