O que precisa saber antes de iniciar a Recuperação Judicial

Nos últimos meses, houve um aumento considerável no número de empresas que entraram com pedido de recuperação judicial. Muito disso é reflexo da crise econômica que o mundo vive no cenário pós pandemia de COVID-19. Se você acompanha o conteúdo da Nordex, sabe que temos comentado esta pauta constantemente.

Em fevereiro de 2023, foi registrada uma alta de 87,3% nos pedidos, de acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian.

Ao analisarmos a situação, atribuímos tal movimento à estagnação econômica do país, somada à inflação e os juros altos. Tais fatores influenciaram diretamente nos hábitos de consumo da sociedade – que ficou mais cautelosa ou tornou-se inadimplente.

Por fim, essa nova dinâmica também impactou diretamente as empresas. Afinal, a falta de consumo ou pagamento interferiu na capacidade de gerar receita. Consequentemente, muitos negócios sofreram com problemas financeiros até chegar ao ponto de recorrer à Recuperação Judicial.

Contudo, precisamos compreender que a RJ não é um processo simples, tampouco barato. A companhia que utiliza esse recurso precisa dedicar-se, em diversas esferas, para que o recurso jurídico de fato exerça a função para a qual foi criado: auxiliar a organização a retomar seu crescimento. 

Então, se está à frente de uma empresa que considera a Recuperação Judicial como opção, este artigo é para você. Vamos explicar os detalhes desse processo para que entenda como sua companhia deve se comprometer. Continue a leitura! 

Mas afinal, o que é Recuperação Judicial?

O processo de Recuperação Judicial, como o próprio nome já diz, tem o objetivo de apresentar um plano de recuperação de uma empresa que já não tem como honrar com seus compromissos financeiros. 

A ideia principal é que este planejamento mostre aos credores um meio viável do negócio quitar, em um tempo determinado,  seus débitos em aberto. Sem que seja necessário, para isso, fechar as portas no final do período.

Por outro lado, esse mesmo plano de Recuperação Judicial ajuda o negócio a se manter ativo. O que traz benefícios para a economia do país e preserva o máximo de empregos possíveis.

Vale ressaltar que, por ser supervisionado por um juiz, a Recuperação Judicial precisa de uma boa assessoria jurídica e uma consultoria para serem realizados. Do contrário, não seguirá as normas impostas pela justiça brasileira.

Esses dois players irão auxiliar na escolha do tempo certo para ajuizar o pedido, bem como apoiar o desenvolvimento de uma estratégia eficiente. Isso irá garantir a execução do plano de recuperação em sua totalidade.

O que acontece quando a empresa está em recuperação judicial

Enquanto a empresa está em Recuperação Judicial, a operação segue funcionando normalmente. Com a diferença que precisa cumprir as etapas estabelecidas no plano de recuperação, impreterivelmente.

Em contrapartida, é necessário apresentar um balanço mensal ao administrador judicial designado para fiscalizar todo o processo. Esse documento tem a finalidade de prestar contas, tanto à Justiça, quanto aos credores, para que tenham visibilidade de como tudo está caminhando.

Caso a empresa tenha ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as negociações são suspensas assim que é apresentado o pedido de recuperação judicial.

Internamente, o negócio sofre um grande impacto em todas as esferas de sua estrutura. Isso porque será preciso rever todos os contratos existentes na companhia, cortar custos não prioritários e, muitas vezes, enxugar a folha de pagamento. Para executar essas ações é preciso contar com o comprometimento das lideranças e, ainda, ser transparente com a equipe em relação às mudanças que virão. 

Qual o objetivo da recuperação judicial

É inevitável dizer, mas o processo de recuperação judicial é árduo. Ao passo que exige muito comprometimento, também demanda sacrifícios e responsabilidade por parte dos gestores da empresa.  Do contrário, não chegará ao seu objetivo principal de recuperar o negócio.

Entrar com o pedido de recuperação judicial é uma alternativa para a empresa voltar ao prumo e não deve ser vista como um fracasso ou vergonha. Afinal, ela ainda não é o fim da linha.

Ainda assim, caso o plano acordado com os credores não seja cumprido, o juiz pode, sim, decretar a falência da empresa.

Mas não se assuste. Ao seguir um planejamento feito com transparência, alinhado com as reais necessidades e os limites de até onde a empresa pode ir – bem como ter uma equipe especializada para executar todas as etapas – certamente o processo terá êxito.

Restaram dúvidas sobre o que acontece com uma empresa em processo de recuperação judicial? Entre em contato conosco e agende uma conversa com nossos especialistas!

Sobre a Nordex Consultoria Empresarial

A Nordex é uma consultoria empresarial que atua desde a fase do planejamento, assim como o diagnóstico, desenvolvimento e implementação do plano de ações da reestruturação necessária, até o desenvolvimento Estratégico de Pessoas. Nossa metodologia própria possibilita um olhar sistêmico da operação e, principalmente, a operação focada na melhora da performance da companhia e seu crescimento sustentável.