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Isso porque, na prática, o capital de giro é o principal responsável pela saúde financeira de um negócio. Afinal, é esse crédito que vai custear fornecedores, estoques, ou seja, toda a operação da organização.
Em um contexto de alta nos juros, onde a taxa Selic atingiu média histórica de 13,75%, as pequenas e médias empresas já estão trabalhando em modo emergencial para gerenciar e equilibrar as contas. Não à toa, em janeiro de 2023, houve um aumento de 80% no número de falências – comparado ao mesmo período do ano anterior.
Pensando nisso, este artigo reúne alguns caminhos possíveis para aumentar o capital de giro da sua empresa, seja de forma preventiva ou emergencial.
O que é capital de giro?
De forma geral, capital de giro é o montante mínimo que uma empresa precisa ter disponível em caixa para sustentar suas atividades operacionais. Ou seja, os ativos financeiros prontos para circular a curto prazo.
Sendo assim, o capital de giro é a diferença entre os ativos e os passivos circulantes. Mas, afinal, o que isso significa?
- Ativos circulantes → Ativos que podem ser convertidos em dinheiro no prazo de até um ano. Aplicações financeiras de curto prazo, valores devidos por clientes, estoques disponíveis para venda e dinheiro disponível em contas bancárias se enquadram nessa categoria.
- Passivos circulantes → Obrigações financeiras periódicas ou de curto prazo. Na prática, são impostos, contribuições fiscais, salários de colaboradores, pagamento de fornecedores e empréstimos que vencem no período de um ano.
Em resumo, subtrair os passivos circulantes dos ativos circulantes resulta no valor do capital de giro. Esse resultado pode ser positivo ou negativo, a depender das despesas de funcionamento e do planejamento financeiro de cada organização.
Como aumentar o capital de giro?
Acima de tudo, a principal maneira de aumentar o capital de giro é ter um planejamento financeiro sólido. Isto é, manter registros detalhados das entradas e saídas, fazer projeções de fluxo de caixa e gerenciar estoques e fornecedores.
Dessa forma, é possível identificar e antecipar demandas de caixa antes de comprometer a liquidez. Caso a empresa não precise de medidas emergenciais, uma boa estratégia é garantir as seguintes condições:
- Ciclo de conversão reduzido → Em outras palavras, reduzir o tempo necessário para obter ativos circulantes. Isso passa por negociar prazos mais curtos com fornecedores e buscar linhas de crédito de curto prazo.
- Monitorar as entradas → Ou seja, estabelecer critérios para reduzir o risco de inadimplência de clientes, criando uma política de crédito que permita melhorar o fluxo de caixa. Além disso, é importante fazer análises recorrentes das contas a receber.
- Investir em eficiência operacional → Identificar possibilidades de eliminar excesso de estoque, utilizar softwares de gestão, contratar consultorias especializadas e treinar colaboradores a fim de otimizar os processos internos.
Antecipação de recebíveis: uma alternativa emergencial
Agora, se a empresa já estiver com um déficit no capital de giro, existem algumas alternativas emergenciais possíveis para dar um respiro ao fluxo de caixa. Uma delas é a antecipação de recebíveis.
Essa prática significa vender os direitos sobre pagamentos futuros para que uma instituição financeira antecipe este crédito. Por exemplo, se uma empresa está para receber o pagamento de clientes nos próximos meses, mas precisa desse dinheiro imediatamente, entra com um processo de antecipação dos recebíveis.
Geralmente, essa transação envolve taxas e juros aplicados sobre o valor total dos recebíveis antecipados. Esse valor, por sua vez, varia de acordo com o prazo de vencimento dos pagamentos, a avaliação de risco e as condições oferecidas pela instituição financeira.
Por um lado, a antecipação de recebíveis ajuda a melhorar o capital de giro e protege a empresa contra possíveis perdas. Por outro, o negócio fica sujeito aos juros e a terceiros para administrar o fluxo de caixa. Nesse aspecto, é importante tomar essa decisão com base em um planejamento de recuperação.
Securitização
Assim como a antecipação de recebíveis, o objetivo da securitização é disponibilizar mais ativos circulantes imediatos. Mas esse processo atua como um renegociador de dívidas, onde a empresa conta com uma instituição financeira para transformar essas contas a receber em títulos que podem ser comprados por investidores.
Como resultado, empréstimos, faturas ou contratos são transformados em títulos negociáveis e vendidos a investidores do mercado financeiros que, a partir de então, assumem o risco de inadimplência da empresa em questão.
Nesse sentido, a securitização contribui para aumentar a liquidez e, consequentemente, o capital de giro. Porém, é importante ressaltar que essa operação financeira também envolve custos extras e, geralmente, demanda profissionais especializados para monitorar e acompanhar o processo.
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