
Pessoas e organização: uma relação de troca!
October 6, 2023
A relação entre crise e governança corporativa
October 26, 2023Há muito que precisa ser feito quando uma empresa se encontra em crise – seja ela financeira, estrutural ou institucional. Mais do que captar recursos, existe uma série de outras iniciativas que necessitam de atenção. Neste caso, estabelecer as prioridades técnicas é determinante para a eficiência da gestão da crise.
Fazer uma gestão de crise exige sempre muito cuidado, mesmo que a situação esteja controlada ou você acredite que possui todas as ferramentas para superá-la. É necessário criar um planejamento estratégico e observar determinados setores da companhia, corrigindo o que está errado e aprimorando o que tem potencial de crescimento.
Muitos riscos e ameaças podem ser minimizados quando o plano de ação prioriza os pontos vitais da empresa.
O que fazer quando uma empresa está em crise: prioridades técnicas
Setor financeiro
Para auxiliar na reestruturação, deve-se priorizar as principais frentes da empresa, a fim de estabilizar sua situação – uma vez que são os pilares da companhia. Administrando esses setores já é possível retomar o andamento do dia a dia de maneira eficiente.
O primeiro pilar é o setor financeiro. Uma crise pode ser o resultado de diversos problemas econômicos – tais como perda de faturamento, turnover, perda de clientes, inflação de matérias primas, entre outros. Por isso, entender a origem do problema e entender o impacto financeiro é o primeiro passo para estruturar uma retomada. Assim, é possível tomar atitudes inteligentes e coerentes para evitar o agravamento da situação.
Setor operacional
Outra frente muito importante é o setor operacional. Seja pela simplificação de processos ou pela mudança na matéria-prima, é comum em cenários de crise ter a perda de qualidade do produto/serviço oferecido.
Nesse caso, uma alternativa para solucionar tal problema é mudar algumas etapas ou, até mesmo, todo o processo operacional. Para isso, contar com uma equipe engajada vai fazer a diferença para entender quais mudanças fazer para retomar a qualidade das entregas.
E quando a queda de produtividade for inevitável, reavaliar o setor operacional passa a ser ainda mais fundamental. Isto porque tal acontecimento impacta diretamente a relação com parceiros e consumidores, que provavelmente ficarão insatisfeitos com atrasos na disponibilidade dos produtos e serviços.
Ajustando as expectativas com o setor será possível obter uma previsão de como e quando as operações retornarão à normalidade. Com isso, será possível planejar a melhor estratégia para proteger a relação entre empresa, público e parceiros.
Setor estratégico
Existe ainda um terceiro pilar que deverá surgir assim que as áreas financeira e operacional corrigirem suas rotas. Trata-se da área de estratégia, responsável por ditar o ritmo interno da empresa.
Tendo em mãos um novo plano orçamentário e expectativas de desempenho, é o momento de redesenhar o futuro da empresa. A necessidade de demissão ou contratação, reformulação de times, redefinição de contratos e qualquer outra atividade essencial para a saúde corporativa passa pelo setor estratégico, que gerencia o planejamento e serve como base para o desenvolvimento.
Diante de um cenário corporativo é essencial analisar cada passo e definir quais deles precisam mudar. E durante todo o processo, ainda é necessário manter os colaboradores cientes de cada mudança, para manter a unidade da empresa.
Gestão de crise: quais as prioridades técnicas nos 100 primeiros dias?
Uma crise quase sempre chega sem avisar, pegando todos desprevenidos. Por isso, os três primeiros meses, ou seja, aproximadamente os 100 primeiros dias pós-acontecido, são fundamentais para definir quão sólida será a reestruturação da empresa.
Quanto antes você agir, maiores serão as chances de uma retomada promissora, que te levará ao mesmo patamar – ou até acima– de antes.
Confira a seguir as prioridades técnicas que deve tomar nos 100 primeiros dias de crise!
1 – Montar um comitê de contenção de crise
A primeira atitude é montar um comitê de contenção de crise. Ele deve ser formado por profissionais de RH, gestores e profissionais com pensamento estratégico. Afinal, juntos, esses profissionais ajudarão a encontrar os melhores caminhos para superar o momento adverso.
Em resumo, esse comitê conduzirá diversas iniciativas. Dentre elas, identificar o maior problema causado pela crise, as consequências de tais desafios, os recursos disponíveis e, principalmente, a estratégia escolhida para recuperação.
Assim, haverá um grupo de lideranças guiando o processo de reestruturação. Com isso, espera-se que as tomadas de decisões sejam mais assertivas.
2 – Levantar capital de giro
Uma crise quase sempre é resultado de problemas de caixa. Por este motivo, levantar capital de giro rapidamente é fundamental para sufocar esse déficit o quanto antes.
Atrair capital é uma forma de cobrir rapidamente as dívidas mais críticas e, também, de ter subterfúgios para evitar o agravamento do cenário. Quanto maior for a movimentação financeira, mais rápida será a recuperação econômica e mais forte ficará a estrutura da companhia, evitando grandes riscos futuros.
3 – Corte de custos
Para ajudar a superar o déficit econômico, também é essencial cortar custos excessivos. Logo que você sentir o impacto da crise, convoque o setor financeiro e passe um pente fino sobre os orçamentos.
Materiais comprados em demasia, setores inoperantes e fornecedores são apenas alguns dos principais motivos que geram gastos consideráveis. Ainda assim, entenda a diferença de um algo que é superficial – logo não tem gerado retorno consistente para a empresa – e aquilo que é essencial e estratégico para ela operar.
Ter a consciência necessária para gerir melhor as finanças é fundamental para passar pela crise sem malefícios. Um orçamento mal montado já é prejudicial em situações comuns, mas em momentos de dificuldade não cortar gastos desnecessários pode ser fatal.
4 – Reestruturação de governanças
Metodologias de governança são medidas de administração que visam trazer transparência para a gestão de uma empresa. Basicamente, é a implementação de valores éticos – por meio de um código de conduta – no dia a dia operacional da equipe.
É muito comum encontrar falhas de governança nas companhias em crise – e isso pode acontecer por diversos motivos. Alguns deles são: mentir para gestores, disfarçar inconsistências contábeis, fraudar documentos, corrupção, entre outras situações.
Reestruturar as políticas de governança inclui implementar uma regulamentação interna e orientar seus colaboradores a respeito dessas práticas por meio de políticas de conscientização. Quando todo o time se responsabiliza por agir de forma transparente, todos saem como vencedores.
Para se recuperar da crise, é imprescindível, sobretudo, reestruturar as políticas de governança.
5 – Orientação da equipe
Nos momentos de dificuldade, é essencial que toda a empresa esteja a par do que acontece internamente na organização. Portanto, nenhuma decisão deve ser tomada sem que os times estejam cientes.
Crises geram sensação de incerteza. E nenhum profissional consegue atuar no seu máximo sem um norte, principalmente se ele temer seu desligamento da função.
Por este motivo, invista na comunicação interna e crie uma rede de conexões que mantenha seus colaboradores sempre informados. Assim, a equipe se sentirá parte fundamental desse processo de reconstrução.
Sobre a Nordex Consultoria Empresarial
A Nordex é uma consultoria empresarial que atua desde a fase do planejamento, assim como o diagnóstico, desenvolvimento e implementação do plano de ações da reestruturação necessária, até o desenvolvimento Estratégico de Pessoas. Nossa metodologia própria possibilita um olhar sistêmico da operação e, principalmente, a operação focada na melhora da performance da companhia e seu crescimento sustentável.
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