Tudo sobre Recuperação Judicial
September 19, 2023
Pessoas e organização: uma relação de troca!
October 6, 2023Assim como os seres vivos, as corporações também possuem um ciclo de vida. A princípio, cada etapa dele é composta por características únicas que indicam o grau de maturidade da empresa. São elas:
- Introdução: início de trajetória. É o momento em que a empresa está treinando seu corpo de funcionários, contratando e elaborando um planejamento estratégico. Tudo ainda está muito embrionário e as definições podem se alterar.
- Crescimento: fase na qual a empresa começa a dar um retorno positivo. A atuação da empresa já está estabilizada e começa a ser reconhecida pelo mercado, conservando uma carteira de clientes.
- Maturidade: ascensão máxima de uma empresa. A organização já é uma das referências do mercado, consegue superar suas concorrentes com certa facilidade e não encontra problemas na geração de lucros. Empresa é autossustentável e está em franco crescimento.
- Declínio: fase que, fatalmente, toda empresa alcança, por mais que demore. Há dificuldades em se manter no topo, muitos clientes começam a migrar para as concorrentes e seus serviços começam a se tornar obsoletos. Nesta fase, a companhia precisa se reinventar para se manter lucrativa.
Em cada uma dessas fases, a empresa passa por processos que indicam qual é seu grau de maturidade. Trata-se de um comparativo que não está ligado ao seu tempo de existência, mas, sim, a qualidade da sua gestão interna e estrutura organizacional.
O que é grau de maturidade de uma empresa?
Basicamente, é o índice de organização e estruturação que uma empresa tem. Quanto melhor for a qualidade dos processos de uma companhia, maior será sua maturidade na gestão dos projetos.
Por este motivo, a maturidade não está relacionada diretamente ao tempo de vida de uma empresa. Contudo, é comum que organizações mais tradicionais sejam mais maduras, uma vez que possuem mais vivência e experiência.
Ainda assim, é possível que uma empresa com pouco tempo de mercado,que conta com gestores que se empenham em desenvolver processos de qualidade, seja mais madura que qualquer outra mais antiga.
É muito complexo medir o grau de maturidade de uma empresa. Afinal, por ser definida a partir de um conjunto de fatores – tais como eficiência nas entregas, integração do time, boa utilização do seu capital humano e intelectual e a capacidade de entregar resultados de excelência – não existe uma medição exata ou estudo unânime que certifique a metodologia mais correta.
Dentre todos os estudos sobre grau de maturidade, um dos índices mais populares é o Malcolm Baldrige National Quality Award (MBNQA). Essa premiação, criada em 1987, possui o objetivo de reconhecer as melhores empresas norte-americanas, cujos processos de gestão são uma referência no mundo corporativo.
Mais do que uma premiação, o MBNQA se tornou uma régua de cálculo referência na mediação do grau de maturidade. Ele é o índice que atrai mais consenso entre especialistas. Então, se você deseja calcular qual é a maturidade da sua empresa, o mais recomendável é adotar os Critérios Baldrige.
Como saber o grau de maturidade de uma empresa adotando os Critérios Baldrige?
Este estudo envolve observar sete critérios de exigência, cada um com quatro níveis de maturidade. Cada critério possui um nível de maturidade: 1 (um) quase inexistente e 4 (quatro) o ponto ideal de execução da tarefa.
Normalmente, as avaliações são feitas por meio de metas. Quanto mais metas atingidas em cada critério, maior é o nível de maturidade alcançado.
As metas são adaptáveis para a situação de cada empresa, mas todas visam uma mesma base de organização estrutural. Ou seja, duas companhias podem ter metas diferentes para atingir um mesmo nível de maturidade em determinado critério, mas o objetivo final sempre será o mesmo: trazer cada vez mais excelência para o funcionamento daquele setor.
Desta forma, é possível medir a maturidade de cada um dos sete critérios de exigência e tecer uma média geral para o negócio. Apesar dessa possibilidade, recomendamos traçar um plano de ação focado, priorizando primeiro as melhorias das áreas de menor nível e escalar, até que todas elas alcancem o patamar 4.
Assim, gradualmente, é possível nivelar todos os processos pela mais alta qualidade, gerando resultados mais satisfatórios e processos de amadurecimento menos dificultosos.
Quais são os graus de maturidade e os critérios de exigência?
Critério 1: Liderança
Nesse quesito, será necessário avaliar a atuação dos gestores e figuras de liderança. O objetivo é medir o impacto que eles causam no time e como contribuem para a melhora dos resultados.
- Nível 1: as lideranças apenas definem as metas e cobram seu cumprimento de maneira correta.
- Nível 2: distribui tarefas e prazos, mas também realiza o acompanhamento das principais atividades ao lado dos colaboradores.
- Nível 3: o pensamento vigente é a longo prazo. O líder não apenas distribui demandas urgentes e acompanha seu desenvolvimento de perto como também estrutura seu planejamento futuro, pensando nas ações dos próximos meses ou, até mesmo, anos.
- Nível 4: a empresa possui todas as características dos níveis anteriores, além de ter um plano de carreira para formação de líderes dentro da própria organização, pensando no futuro da companhia.
Critério 2: Planejamento estratégico
Avalia a forma como a empresa planeja seus projetos, conduz sua estratégia de mercado e desenvolve suas relações, tanto com clientes e parceiros como entre as próprias equipes.
- Nível 1: a organização se preocupa apenas em realizar tarefas a curto prazo e entregar exatamente o que seus clientes esperam.
- Nível 2: análise estratégica visando o curto, médio e longo prazo, pensando nos próximos passos para se destacar no mercado.
- Nível 3: a empresa não apenas programa seus passos futuros como estabelece planos de ação alinhados com objetivos estratégicos, visando alcançar um patamar referencial no mercado por meio de um planejamento a longo prazo.
- Nível 4: todas as áreas da empresa estão integradas e, juntas, desenvolvem estratégias que combinam seus conhecimentos para elaborar estratégias que potencializam todos os times.
Critério 3: Relação com clientes
É avaliado como a empresa se relaciona com seus clientes e parceiros, além de medir o local que eles ocupam na hierarquia de relevância da organização.
- Nível 1: não prioriza o cliente.
- Nível 2: há uma preocupação com a satisfação do cliente e sua opinião é levada em conta, mas não há grandes ações de priorização.
- Nível 3: a satisfação do cliente é uma grande prioridade para a companhia, portanto estudam as melhores estratégias para garantir seu bem-estar.
- Nível 4: o cliente é o centro das atenções da empresa. Por isso, analisam constantemente suas necessidades para garantir sanar sua satisfação da melhor forma possível, e cada passo da companhia visa melhorar a relação com os clientes.
Critério 4: Gestão do conhecimento
É a avaliação de como uma empresa dissemina conhecimento de mercado e sobre a própria história entre seus colaboradores.
Este critério também aborda informações e dados colhidos pela corporação, que, futuramente, são úteis para gerir negociações e solidificar a presença da marca entre o público.
- Nível 1: apenas os profissionais mais experientes e líderes detém o conhecimento.
- Nível 2: há disseminação de conhecimento entre os funcionários, mas de forma não direcionada, normalmente de forma verbal entre colegas de time.
- Nível 3: documenta toda informação obtida de maneira oficial e cria um arquivo disponibilizado para qualquer colaborador consultar.
- Nível 4: o compartilhamento de dados e conhecimento é sistematizado, garantindo que todos tenham acesso a eles de maneira ordenada e orientada, com fundamentação para aplicação real no trabalho.
Critério 5: Foco da força de trabalho
Trata-se da capacidade da empresa incentivar seus colaboradores a buscarem o aperfeiçoamento profissional, extraindo de cada um seu potencial máximo.
- Nível 1: é exigido apenas que colaboradores entreguem as demandas que competem às suas funções, sem exigência de aperfeiçoamento.
- Nível 2: a empresa reconhece que é preciso investir no aprimoramento de cada colaborador e possui tímidas ações com este objetivo.
- Nível 3: a empresa investe em programas de aprimoramento para seus funcionários. Com isso, há um incentivo aos colaboradores para que apliquem todo seu conhecimento nos projetos da companhia, gerando resultados inovadores.
- Nível 4: todo colaborador está a caminho de desenvolver seu potencial pleno e atuando em alto nível. Há um grande sentimento de satisfação compartilhado por toda a equipe.
Critério 6: Gerenciamento de processos
Avalia a condução de cada projeto, tanto de maneira interna como externa, assim como o comprometimento de cada colaborador com os processos.
- Nível 1: imprevistos e problemas aparecem de forma constante na execução dos projetos, obrigando os times a improvisarem.
- Nível 2: os processos começam a ganhar padronização, diminuindo drasticamente a ocorrência de infortúnios.
- Nível 3: sua empresa já padronizou e integrou internamente todos os processos, reduzindo a praticamente zero a ocorrência de problemas. Essa metodologia ajuda a solidificar uma cultura de organização que gera constância e eficiência.
- Nível 4: os resultados encontrados são referências no ramo. Suas metodologias de trabalho são usadas como modelo pela concorrência e novos empreendimentos.
Critério 7: Resultados
Avalia os resultados atingidos, o desempenho apresentado pela empresa e a dedicação em buscar resultados, além de realizar um comparativo com os concorrentes para analisar quão inovadora é a gestão da companhia.
- Nível 1: os resultados são pouco consistentes, sem aspectos que chamam atenção.
- Nível 2: os resultados apresentam brilho e bons indicativos de sucesso. Já é possível identificar algumas tendências e padronização de trabalho.
- Nível 3: já é possível analisar melhorias evidentes na sequência de resultados, e a companhia inicia sua trajetória para se tornar referência entre os consumidores.
- Nível 4: os resultados são referenciais de qualidade e a marca se torna case de sucesso para seus concorrentes.
Após analisar a situação da sua empresa levando em conta os sete critérios da Malcolm Baldrige, você terá em mãos um relatório de eficiência extremamente claro. Com ele, você irá identificar quais pontos precisa melhorar e quais aspectos ela já consolidou.
Desta forma, você pode concluir em quais setores precisará agir para obter melhorias, iniciando um processo de turnaround. E para desenvolver esse processo, conte com a ajuda dos consultores da Nordex, sua melhor assistência quando o assunto é dar novos rumos para sua companhia conquistar o crescimento sustentável. Entre em contato conosco e solicite um orçamento!